Mônica Sampaio

terça-feira, 22 de novembro de 2011

NÃO COLOQUE PIERCING EM JESUS!



Piercing, brincos, tatuagem, enfim, adereços.
Jesus não precisa de enfeites.
Ao contrário, quanto mais original, mais eficaz.



Como especialista em Comunicação - Rádio, TV, Livro e Internet -(a um mês e pouco de completar vinte e nove anos de profissão), por mais que procure estar ligada na mensagem, não tem como não ser afetada pela forma como o pregador comunica a mensagem.

É como o músico - que também sou -: nosso ouvido está atento a todas as nuances proporcionadas pelos sentidos ligados à Comunicação: Linguagem Verbal e Não verbal.

Há pouco tempo, ouvi uma pregação maravilhosa - enquanto tema - sobre a excelência do Amor, tão bem explanada pelo apóstolo Paulo, em sua carta aos Coríntios. Na ocasião, a preletora, dominando muito bem as palavras, era exímia também no uso de sua voz. Explorava com maestria seu tom de voz, altura, projeção, ritmo, interpretação; tem uma bela dicção, enfim, teria sido uma apresentação perfeita do tema ... não fosse por um aspecto: A TEATRALIDADE.

Em determinados momentos, sua interpretação chegava quase à caricatura, de tão desnecessária que era.

JESUS NÃO PRECISA DE ENFEITES!


O gostoso de se ouvir uma boa pregação é quando o palestrante NÃO GRITA, não tenta ser aquilo que fica evidente que não é; uma boa pregação não precisa ser apelativa, cheia de forçação de barra, querendo roubar do público rompantes emocionais a qualquer preço!

Olha, se o preletor for natural, conversando ao invés de narrar; emitir a sua voz sem impostá-la de maneira artificial, dá até para tolerar eventuais erros grosseiros gramaticais. Pois a naturalidade - aliada ao domínio do tema que está pregando -, será um fator que o auxiliará na transmissão da mensagem.

O bom Comunicador deve acompanhar as tendências de locução contemporâneas: ou seja, deve falar como as pessoas de sua época falam. Por que digo isso? Porque já ouvi pregações excessivamente maçantes, devido ao fato do palestrante falar com um estilo de locução antigo, aos moldes dos speakers, como eram chamados os locutores de rádio até a década de sessenta, mais ou menos.

A impostação de voz não deve ser forçada. Nós temos uma região na garganta ideal para emitirmos a voz, de forma clara e bela, sem ser gutural, ou excessivamente grave. Faça você mesmo uma experiência: fique por alguns minutos emitindo sua voz ora pelo nariz - voz nasalada (grafa-se sem a letra "a" no início da palavra, pois o "a" é um prefixo de negação, e nós não queremos negar a nasalidade da palavra, não é?)-, e ora forçando pela garganta, produzindo a voz mais grave que conseguir. Você notará que há uma região intermediária entre os dois extremos - nariz e garganta -, aonde a voz é emitida com clareza, e mais, você sente sua ressonância na altura das "maçãs" do rosto. Este é o lugar mais apropriado para a colocação da sua voz: na altura mesmo da boca. Uma boa fonoterapia o ajudará a colocar adequadamente a sua voz.

Mas voltando à TEATRALIDADE. Olha, queridos, eu fico extremamente "sem-graça" pelo pregador que abusa da interpretação cênica para pregar JESUS. Logo quem!? O homem mais simples e destituído de qualquer artifício humano de tentativa de convencimento forçado. Sabe por que? Porque Ele sabia que quem convence o ouvinte daquilo que Ele quer informar é o Espírito Santo! O Evangelho não precisa de ARTISTAS!Não na ministração da Palavra. Precisa apenas do equipamento vocal do ser humano e de seu conhecimento da mensagem bíblica que vai ministrar.

Mesmo sendo uma profissional na área da Comunicação - como locutora, sei como manipular a minha voz de forma à adequá-la ao que pretendo transmitir - me sinto incomodada quanto assisto uma preleção, na qual o pregador quer ser mais atraente do que a mensagem. Por isso, quando prego a mensagem bíblica, procuro ser o mais simples possível; procuro conversar com meu público, o que torna agradáveis os momentos em que passamos juntos. Gritar então, nem pensar. Primeiro, porque não estou pregando para surdos - e mesmo se estivesse, existe um outro recurso mais eficiente que é a utilização da linguagem de sinais; segundo, por respeito às pessoas, que não merecem que eu fique gritando em seus ouvidos, além do que, é uma tremenda falta de educação; terceiro porque estou desconsiderando um aspecto fundamental da Comunicação em público, que é o conforto auditivo do meu ouvinte; e em quarto, porque é uma ignorância muito grande desprezar o poder e a capacidade do microfone de amplificar suficientemente a minha voz, de maneira a fazer com que me ouçam. Gritar no palco é o que fazem pregadores, políticos e palestrantes de uma forma geral, ao improvisarem palanques para discursar sem equipamento de sonorização. Aí, sim, há a necessidade de PROEJTAR A VOZ e aumentar seu VOLUME. Mas só aí.

Há muita coisa que precisa ser atualizada nas apresentações públicas da mensagem de Deus.
Mas, principalmente, nossos preletores precisam deixar a ribalta, que é o lugar de artistas.

Um beijo na paz e no amor de Jesus.


Mônica Sampaio
Sobrevivente do álcool, do cigarro e das drogas
Evangelista, ministra de louvor, compositora
Pregadora da Palavra de Deus

Radialista, Locutora, Escritora e Consultora sobre Técnicas de Locução e Apresentação em público para palestrantes

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